Definir Logística é um grande desafio. Vários autores fizeram diferentes propostas de definições ao longo do tempo. Penso que o logística é muito mais um conjunto de princípios do que uma operação. “Fazer” logística relaciona-se à promover o acesso a bens de consumo e serviços, essenciais à vida humana e promovidos pelo consumo, destinados ao consumidor final da maneira mais eficiente e responsiva possível.
As operações que envolvem esses princípios apresentam-se em diferentes dimensões, contextos e níveis de integração. Estão fundamentalmente relacionadas a um posicionamento estratégico de fluxos e entregas necessários para que seja possível deixar o consumidor feliz e garantir a competitividade das empresas. Esse é o objetivo finalístico das operações logísticas. Não existe otimização dessas operações, mas sim, a busca de um TRADE-OFF entre nível de serviço e custo.
A implementação da Logística no contexto empresarial passou por diferentes etapas, desde uma atuação fragmentada das operações até a integração estratégica da cadeia produtiva. Quando há plena integração quanto ao processo de decisão em relação à ENTREGA, a estrutura consolidada é denominada Cadeia de Suprimentos.
Cadeia de suprimentos é a estrutura consolidada e integrada, em níveis estratégico, tático e operacional, entre agentes de produção, mercadológicos, logísticos e sociedade, para que seja possível coordenar as operações de maneira a garantir a gestão orientada à logística, tendo como objetivo o trade-off entre responsividade e eficiência, além de garantia de um contexto sustentável de desenvolvimento por ações socialmente responsáveis e resilientes.
Desafios contemporâneos permeiam as decisões logísticas ao longo da cadeia de suprimentos. Ao longo deste curso, vamos explorar esses desafios e a expectativa de mudanças estruturais: conceituais e práticas.